Covadonga foi um dos santuários visitados por um grupo de madeirenses na recente peregrinação diocesana aos santuários do norte da península Ibérica. Covadonga assinala a proteção da Virgem Maria a um pequeno grupo de combatentes que não se conformou com a ocupação muçulmana da Península no ano 711. A partir de Covadonga e da batalha que aqui se travou em 722, a reconquista cristã passou a ser uma realidade. Demorou a ser realizada plenamente (até 1492, com a queda de Granada) mas foi uma realidade.

Hoje já não podemos dizer que a Península Ibérica seja cristã. Nem que aqui se viva no seio de uma cultura cristã. É verdade que algumas realidades ainda ostentam a marca cristã, mas o facto é que vivemos um modo de vida que afasta de Deus e que olha com estranheza o que é ser cristão. Ao Evangelho vivido prefere-se um estilo indiferente: usam-se muitas palavras e conceitos cristãos mas completamente fora do seu sentido e significado original.

Talvez por isso, a muitos, pode parecer impossível voltar a anunciar o Evangelho. Mas Covadonga aqui está a dizer que é possível, mesmo com meios escassos. Claro que não se trata de conquistar pela espada ou de impor a fé a quem quer que seja. Mas não podemos desistir deste anúncio que é nossa missão. Até porque é possível.