O mundo assistiu no passado fim de semana à reabertura da Catedral de Notre Dame de Paris. Chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro, intelectuais e gente de cultura, bem como simples cidadãos e crentes, não deixaram de estar presentes: o mundo inteiro reunido por causa de uma igreja que, em 2019, um incêndio quase destruiu por completo.

Claro que é de espantar que tal suceda, neste nosso mundo (de que a França é um dos expoentes) onde a fé parece desaparecer, e Deus parece ser ignorado. Mas Notre Dame não é uma igreja qualquer: é o edifício em que se revê, de um modo mais perfeito, a nossa civilização ocidental. Iniciada em 1163, atravessou todos estes séculos e presenciou momentos essenciais da história da Europa e do mundo não sem a Revolução Francesa a reduzir a templo da “deusa razão”, ou a usar como celeiro de alimentos…

Talvez por isso, depois do incêndio não faltaram vozes que a queriam, de novo, ver reduzida a um espaço multireligioso ou simplesmente cultural…
Graças a Deus e graças à diocese de Paris e aos bispos franceses, Notre Dame reabriu as portas como é: catedral católica, onde todos são bem-vindos, mas que apresenta, igualmente, uma clara identidade.

Precisamente: Notre Dame, o edifício em que, de modo mais perfeito, se revê a nossa civilização! Apesar de tantas diferenças, revemo-nos, todos, numa igreja! Só não entende aquilo que somos, a nossa cultura, as suas
raízes e a sua expressão essencialmente cristã aquele que não quiser mesmo entender!