Reflexão do Dia trazida até nós pela Irmã Lúcia Abreu, cm
A contemplação começa quando aceitamos que não sabemos ver, que a nossa visão é parcial e pobre, que vemos sempre «como que por espelho e de maneira confusa» (1Cor 13,12). A contemplação não é uma sabedoria onde nos instalamos: é antes uma forma de exposição desarmada do olhar, uma colocação sem reservas, uma aprendizagem sempre a ser refeita, um despojamento dos porquês face aos instantes.
Simone Weil diria que só contemplaremos uma maçã quando não tivermos intenção de comê-la.
(In A mística do instante, O tempo e a promessa – José Tolentino Mendonça– Paulinas)